segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Reticências

E assim a gente segue, vira o ano tentando virar outra pessoa.
Aquela que sabe contornar as mesmas ondas puladas na grande festa.
Escrevo como quem acaba de nascer, como quem não sabe falar de sentimento, como quem chega aonde não pisa há dois anos, como quem só quer fumar um cigarro...
Na estrada o breu é você quem escolhe, os olhos não ofuscam para o farol dos carros, mas quando há vida em corpos de meninas de colo e senhoras de pernas inchadas no banco desconfortável do ônibus.Descemos meio assustados com a neblina do dia, não conheço ninguém e coloco a sobrancelha-de-pé no lugar com primos e seus abraços fortes regado a inocência que possuem...Encaro os mais velhos e conto uma novidade
-Vê, não sou a mesma!
Difícil! A indiferença persegue, condena e fala de escolhas causando no peito do estranho a dor.
Peito omisso, incapaz de encarnar a Carlota Joaquina sem coroa e sem o pó...

Um comentário:

Gloria Goulart disse...

É tão difícil se tornar algo diferente do que se é, e ao mesmo tempo é tão necessário... Um cigarrinho nessas horas até que vai bem! Mas daquele que eu gosto, vc sabe... ehhehe

Então eu to te esperando aqui pro nosso chopp, nesse novo ano aí! Se tu não vier "a gente vamos" atrás de ti! ;)


beijoquinhas