segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Fome?

Numa noite duvidou que era líquido, eu cheia de certeza que sou, confirmei: és líquido!
Líquido que carrega consigo o gosto acre nos lábios
lábios meus que sentem o mesmo sabor
mergulhados, banhados por lágrimas que fazem curvas na dor
No dia espero, sem dormir, o que era azedo se adocicar
diluido em desculpas e resignação
Veja como provoca o meu paladar
em você minha língua se debruça nas madrugas
é você quem me provoca a fome nos instantes de saudade
sem vergonha alguma lavo o rosto e me atiro no vento,
desculpa, desculpas
De novo encontro a sua boca
boca essa líquida na minha
sinto dor, sinto sabor meu, seu, sinto o amor que se instaura em minha carne, sou sua, não saia daqui, fica quieto, não levanta e não vira as costas porque eu tenho medo, muito, me...